quinta-feira, 19 de junho de 2008

CALÇADA AMIGA NA ÁREA VERDE, OUTRA VEZ O LIXO








Na calçada amiga da área verde o problema que os moradores mais se queixaram foi do lixo depositado junto a duna da rua sul, segundo eles, algumas pessoas vêm com os sacos de lixo ou "coisas" que não querem mais e jogam ao pé da duna. Dependendo da quantidade de lixo, colocam inclusive animais mortos no local, o que causa a poluição do ar com o mal cheiro. A rua sul não é calçada. O mato, as valas dos esgotos e até fossas abertas fazem parte do cenário desta rua. Alguns moradores, para evitar o acúmulo de lixo, fizeram cercas de madeira junto à duna e plantaram mandioca, coqueiro, limoeiro e outras espécies. Essa atitude tem reduzido muito o espaço para a formação dos pequenos lixões. Mesmo assim, os lugares onde não há o cuidado de ocupação do espaço com plantas está ficando cada vez mais repleto de lixo. Vale ressaltar que mesmo não sendo calçada, esta rua tem coleta regular de lixo por tratores e carroças três vezes na semana. Combinamos uma ação realizada no dia 19 de junho pela manhã, onde, com o apoio da URBANA, fizemos a retirada do lixo e plantamos mudas de espécies nativas no local. Participaram da atividade, os agentes comunitários de saúde, moradores da rua, a coordenadora do PESA, uma auxiliar de enfermagem da equipe verde e um estagiário de psicologia da UFRN, além dos trabalhadores da URBANA.

terça-feira, 17 de junho de 2008

POR QUE TRABALHAR ARTE NA FAVELA?

O PESA –Programa de Educação Sanitária e Ambiental, é desenvolvido no bairro de Cidade Nova pela Unidade de Saúde da Família em parceria com o Setor de Educação Ambiental da SEMURB e os Departamentos de Enfermagem e Psicologia da UFRN. O propósito é estimular o desenvolvimento local a partir da idéia de que é na comunidade onde estão os mais imbricados processos relacionais. Nesse espaço, às vezes bem pequeno, as atitudes individuais vão se misturando ao coletivo, de maneira que aquilo que o sujeito faz, interfere quase que de imediato, na vida do outro. É assim com o lixo, os entulhos, as podas de árvores depositados pelas esquinas do bairro, os animais que são criados nos quintais - e se não há quintais, ficam soltos nas ruas, os bares que não respeitam o direito dos outros de dormir porque mantêm um som muito alto, as serrarias que não têm licença ambiental para funcionar e vão se erguendo de qualquer jeito, despejando o pó de serra pela vizinhança, as oficinas e serralherias mantidas, muitas vezes, na própria moradia, onde já é difícil abrigar a todos, levando o sujeito a fazer da rua e calçada a extensão do empreendimento, sem falar das favelas onde crianças, jovens, adultos e idosos se espremem no espaço de barracos úmidos pela lama espessa que corre nas valas. Tudo serve: papelão, plásticos, restos de material de construção, pedaços de madeira que um outro não quis. O emprego? Esse componente tão estruturante na vida do indivíduo, fica subjugado à falta da qualificação e estudo dos moradores da favela. A falta de amparo das gestões públicas para esse grupo populacional gera um fenômeno de desfiliação: se não há governo, aplica-se o auto-governo. Polícia não entra, CAERN e COSERN não cortam os “gatos”. Tão simples morrer e matar! Drogas muitas vezes se transformam na possibilidade de renda, e álcool, muito álcool para anestesiar a dor social. É nessa realidade que estão mergulhados as crianças e jovens, com um futuro incerto, muito propensos a repetir o presente.
A Educação sanitária e ambiental não pode perder de vista, a responsabilização do sujeito, e isso não desresponsabiliza o governo, pelo contrário, cria mecanismos de participação e empoderamento dessa comunidade, para obter do poder público o reconhecimento do seu direito à cidadania. E como atuar em saúde, na lógica ambiental, exige posturas que vão além da preocupação com a doença, consideramos que há oportunidade de oferecermos às crianças e jovens da favela, outras possibilidades de desenho do futuro.
Para tanto, estamos criando o GRUPO PAU E LATA com 15 adolescentes da favela do DETRAN. É um grupo que trabalha com oficinas de percussão, cujos instrumentos são fabricados pelos próprios jovens e feitos de tambores, latas, cordas, tecidos e pedaços de pau. Contamos com a participação da Profª Lílian, arte-educadora da Escola Municipal Djalma Maranhão em Felipe Camarão, que virá ensaiar com o grupo da favela.
Esperamos poder contar com a ajuda de órgãos governamentais, empresas e/ou comércios para conseguirmos os materiais necessários para a confecção dos instrumentos.

domingo, 8 de junho de 2008

Notícias do PESA


  • dia 10 e 17/06/2008 - 15:00 serão realizadas calçadas amigas na área 5 (verde), do PSF Cidade Nova.
  • Foi aprovado o projeto da oficina de fotografia com adolescentes da favela, através do departamento de psicologia da UFRN junto à pró-reitoria de extensão.
  • Foi aprovado o projeto de extensão da disciplina de enfermagem em saúde coletiva, pelo terceiro ano consecutivo, cujos recursos serão aplicados durante o estágio de educação ambiental dos alunos de enfermagem, nas atividades que serão desenvolvidas com o PESA usf cidade nova.
  • Após reunião com o chefe do setor de educação ambiental da SEMURB, estabelecemos o início das oficinas de educação ambiental com professores das escolas do bairro para agosto de 2008.

O grupo pau e lata na favela do DETRAN






No dia 06 de junho de 2008, o grupo Pau e Lata da escola Djalma Maranhão, sob a batuta da Profa. Lílian, aprensentou-se no canteiro em frente à favela do DETRAN, sob os olhares curiosos e indagantes das crinças e adultos que queriam ver, entender e atá tocar aqueles instrumentos estranhos: tambores de plásticos, latas e cordas que numa sincronia interessante dos "açoites" com pedaços de cabo de vassoura dos meninos e meninas, produziam um som diferente, mas muito instigante. Após a presentação do grupo, os presentes puderam tocar também, e nesse momento foi realmente prazeiroso ver a manifestação de interesse das crianças da favela em formar um grupo lá. Muitos já queriam fazer a inscrição naquele momento. Acreditando na possibilidade, de que toda comunidade tem seus tesouros escondidos, estamos com o projeto de criar o grupo pau e lata da favela e já contamos com a colaboração da profa. Lílian que virá duas vezes no mês para os ensaios com o grupo. Resta-nos conseguir o patrocínio para a aquisição dos instrumentos. Para este evento, pudemos contar com o apoio do distrito sanitário oeste, que providenciou o carro para o transporte do grupo e ajuda de custo para o lanche que oferecemos no final, para todos os que estavam presentes.

Mas ainda há muito o que fazer...


O trabalho é de formiguinha, bem na esquina da Pe. Cícero, outro ponto de lixo se forma, desafiando o fôlego e a energia de quem continua acreditando que é possível sensibilizar as pessoas para o desenvolvimento comunitário. O bairro como um todo, precisa colocar uma pauta ambiental a ser discutida e defendida por todos os seus equipamentos sociais. O PESA, para este ano terá um cronograma de trabalho voltado para as escolas do bairro, ofertando capacitação em saúde ambiental para os professores, esperando deles, a multiplicação dos conhecimentos e envolvimento com a questão ambiental no bairro.

Trabalhar educação ambiental em comunidades vale muito a pena




no dia da calçada amiga


no dia da caminhada

Depois da calçada amiga realizada na rua Ivo Furtado, fizemos lá, dia cinco de junho, a caminhada para sensibilização das pessoas, em não colocar o lixo na rua antes do carro de coleta e assim eliminar os pontos de lixo que já estavam se formando nas esquinas da rua. Qual não foi nossa surpresa! os próprios moradores, após a calçada amiga, se juntaram e fizeram a limpeza e retirada do lixo da rua. Durante a caminhada, passamos de porta em porta, junto com outros moradores, solicitando a colaboração de todos na preservação do ambiente limpo. O mais importante, as pessoas que moram na rua e que participaram das atividades, estão dispostas a fiscalizar e tentar impedir a manutenção dos pequenos lixões na rua.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Programação do PESA para a Semana do Meio Ambiente





03/06/2008- 14:00 -reunião na USF Cidade Nova com a Profa. Llian do grupo de percussão PAU E LATA da Escola Municipal Djalma Maranhão, para organizar o evento na Comunidade do DETRAN.

04/062008 - 13:00 - Gincana Cultural- tema: meio ambiente, entre as Escolas Luis Maranhão e União do Povo de Cidade Nova.

05/06/2008 - 15:00 - Caminhada na Rua Ivo Furtado- tema: Lixo com a participação de moradores da rua e da Escola de Educação Infantil Fonte do ABC.

06/06/2008 - 11:30 - caminhada e apresentação do grupo PAU E LATA na comunidade do DETRAN e formação de um grupo de percussão com jovens da favela.